Secaram-me as fontes nocturnas
que jorravam estrelas pálidas,
nuvens densas e escuras
sempre que o Sol se punha
no horizonte desmaiado de violeta!
Nas pestanas carrego insónias
e nos olhos a névoa da madrugada…
Seguro nas mãos lívidas
o orvalho das plantas
e a luz cristalina da aurora…
Escavo na terra árida,
cravo as unhas na memória
e reencontro os espelhos de água
onde banhava o corpo cansado!
Mas as fontes secaram…
E as cinzas deslizam-me pela face…
Debaixo de cada pálpebra,
mora o sepulcro da vida!
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