quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lhasa


Voz de águas profundas,
desenhas-me um lago de céu
salgado… espesso… e quente
como essa lava que te escorre da alma
e transborda das margens
que me aprisionam a vista
e expulsam finos cristais de gelo!

Voz líquida, penetrante
em ressonância ininterrupta
nesta matéria em putrefação
que deambula na sombra,
mirra na luz pálida
e renasce sob o prateado da Lua!