domingo, 20 de maio de 2012

Entre dunas














Em cada poro respiro-te o perfume marinho
que ondula pela tua encosta de pedra,
mas polida pelas mãos de espuma branca
desse corpo salgado e imenso
sob a claridade do dia
e a vigília prateada da lua...

Ergues-te entre as dunas de areia macia,
sorvendo-me o licor de mel
que se destila em cada uma das minhas concavidades
de veludo e seda...

E quando o vento refresca esse sol quente de Primavera
começa a chover sobre a nudez que nos tinge a pele...
Ardemos sob esta água fria!
Enlaço-te uma e outra vez entre a foz do meu rio
até me alimentares de sémen e saliva!