Inspiro-te brisa das estepes frias…
os mamilos contraem-se num grito sibilante, ardente,
esvoaçando infinitamente tangente ao teu corpo nu…
Lábios semiabertos recebem-te em suor e lágrimas,
expirando o vapor quente que me consome o ventre rubro.
Deslizo-te entre os dedos em fios de água morna,
derretendo o gelo que te cobre a encosta verdejante,
descobrindo tocas de esquilos e frutos silvestres,
esconderijos de toupeiras, ninhos de andorinhas.
A lua desperta em chamas num manto de estrelas,
enquanto mergulho na tua íris esmeralda,
enquanto penetras este caminho ladeado de dunas
e um rio escaldante se liberta da minha represa…