domingo, 8 de janeiro de 2012

Indizível















Visto o chão quente da marcha dura
do vento pesado que vos empurra
para o uivo sombrio do anoitecer...
Seguro a caminhada dorida e monocórdica
deste fluxo de sangue e nervos,
elevando os corpos salgados
pela montanha acidentada... granítica,
de onde escorre uma névoa ao longo dos cabelos de chuva!

E neste movimento perpétuo de marés,
estanco o tempo e o refluxo do amanhã,
como se no presente coubessem o sonho e o indizível!