terça-feira, 1 de março de 2011

Grito mudo
















A garganta engoliu-me o grito mudo
que irrompia da goela como saliva ácida…
três gotas estalam-me nos olhos cerrados
e deslizam quentes até se diluírem nos lábios tensos…
Sinto-lhes o sabor salgado!

A tua mão calma limpa-me o rosto molhado,
suaviza-me as linhas soturnas e agrestes
que vigiam a lua e as estrelas
até no horizonte despontar o violeta claro
com que pinto o crepúsculo do amanhecer.

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