quarta-feira, 6 de abril de 2011

Agora sou terra


















E quando acordei já não era vento...
O meu véu transparente ganhou um corpo quente,
subi a tua encosta íngreme
para me espraiar no horizonte
respirei fundo e os aromas salgado do mar
pintaram-me duas lágrimas no rosto!

Quero voar, mas agora sou terra
com bosques e florestas para alimentar,
crescem-me raízes neste continente triste
feito de carne e sangue e ossos e pele.

Perdi a intangênca de apenas ser,
agora existo dentro dos limites da vida,
mas a minha alma guarda a brisa da inocência...
basta abrir a pequena caixa secreta
para abraçar o azul intenso que guardo no olhar!

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