sexta-feira, 1 de maio de 2009

Aguarela

Aguarelas turvas

dançam-me na íris escura,

desenham caminhos fantasma,

portas que se abrem vazias…


Pálpebras de luz e água
desaguam no rio da alma,
um fio de acidez crua
que se infiltra na pele muda…

E quando o sol mergulha no mar
a espuma tinge-se de violeta
e as ondas desfazem-se num manto de seda.

Pegadas na areia molhada perdem-se
entre o nevoeiro e a mancha de oceano.
Seco a pele salgada ao vento,
enquanto absorvo os primeiros raios lunares.

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