O asfalto rijo cola-se-me ao corpo febril e nu...
Inspiro devagar o oxigénio que me chega aos pulmões
em sulcos de fumo e poças de água turva,
estou viva mas em estado de coma emocional...
O nevoeiro cerrado cerca-me a vista agora cega,
o vento empurra-me a pele dormente e pálida,
os ossos gemem mas as veias continuam adormecidas...
No cume da serra polvilhada de branco macio,
vislumbro um horizonte azul e luminoso,
banhado por teias de orvalho morno...
Quero habitar-te planeta mágico e surreal
e abandonar esta existência sem sentido...
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