terça-feira, 2 de setembro de 2014

Aranha do mar














Em lânguidas ondas prateadas de espuma
beijas-me o corpo nu deitado na areia húmida,
sob um manto de estrelas sedentas de luz…

Saboreio-te esse licor salgado
enquanto me sulcas o ventre
em jatos de água fresca e transparente.
Prendo-te entre as coxas nuas
mas o teu corpo liquefaz-se no meu
penetrando-me os poros da pele.

Evaporas-te e ganhas a forma de uma nuvem,
sobrevoas-me o plexo revolto,
observando cada movimento ondulante,
tecendo uma teia lasciva e sedutora.

É quando uma brisa mais fresca
te materializa em chuva sobre o meu corpo:
gotas de néctar adocicado
alimentam-me os seios hirtos e ofegantes,
escorres-me pela curva da anca…
Envolvo-te na minha teia dourada,
deixas-te prender inebriado de prazer
e a seguir degolo-te vorazmente…

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