quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Prisioneiro


Declino o verbo que germina na tua boca...

Desliza dos teus lábios para a minha língua

enquanto o marulhar sereno dos nossos corpos

se deleita no horizonte violeta...

Um uivo grave sussurra-me nas entranhas húmidas...

Estremeço na areia fina,

a espuma branca despiu-me o vestido de seda

e acaricia-me os seios hirtos e nus

enquanto me desfloras cada poro dilatado

com beijos salgados!

Enlaço-te entre suor e saliva,

és prisioneiro do meu inferno!

Ondulo ferozmente sobre o teu plexo rijo

como se galgasse as rochas que se estendem no paredão deserto!

Uma neblina clara de iodo abraça-nos enquanto amanhece...

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