terça-feira, 2 de junho de 2009

Rosa selvagem


Única flor do meu jardim,
habitas-me a boca do inferno
e dos lábios bebes o néctar
que te alimenta a cor lasciva
enquanto desembainhas as garras assassinas
e me sufocas a vulva líquida!

A lágrima perdida
lava-te a alma imunda,
acariciando-te os espinhos afiados…
… raptores dos rios e lagos macios,
das borboletas coloridas
e da brisa quente
que te serenava as pétalas rubras.

Rosa Selvagem!
És a essência que me perfuma o corpo…
Escudo protector!
Algemas de dor!



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