Quero engolir cada pedaço de céu
que o meu olhar avista,
saborear essa candura de algodão doce
que polvilha a pele da cor do mar…
Deslizar o dedo em cada andorinha
que te rasga o ventre liso e macio
abrindo-te uma fenda escura,
onde se abrigam morcegos e corujas,
sedentos do infinito que prometes dar,
ávidos dessa eternidade longínqua
que escondes debaixo do manto azul…
Quando cai a noite, vestes-te de negro,
mas trazes o brilho das estrelas
enquanto a maior delas todas se deita
para dar as boas-vindas à deusa de capa prateada.
Ela surge logo depois de te dissolveres
em amarelo-torrado, laranja e lilás no horizonte,
dança em quarto crescente até ser lua cheia!
Sem comentários:
Enviar um comentário