Veludo negro desce sobre o meu dorso frágil,
são penas de corvo que se soltaram da tempestade sombria
e golpeiam-me a pele nua e pálida...
O mar foge da areia líquida e espumosa,
é sugado pelos ventos quentes do sul,
secando as guelras de quem dele se alimentava...
A aurora demora-se no prateado cósmico da lua,
hipnotizada pelo brilho de perfume salgado
que vagueia pelas marés perdidas da noite.
Sucumbo entre as dunas e o rugido do mar,
enquanto me aconchego nesse manto estrelado
que me acaricia os olhos cansados...
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