Fujo da palavra escrita,
que materializa esta dor intangível
em sombras negras e obscuras,
que uivam asperamente no meu ouvido…
Fujo desta folha imaculadamente branca,
com receio de a tingir com os meus fantasmas
e os demónios que se apoderaram do meu corpo!
Fujo….
….mas sinto falta de ti…
de te ler… de te recitar…
Procuro-te uma e outra vez cá dentro
mas não te encontro...
Chamo por ti...
... sedenta do teu licor...
do alimento que me mantém viva e fértil!
Só tu me poderás cortar as algemas de espinhos
que me aprisionam dentro desta gruta infernal!
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