Escutas o murmúrio da noite,
entre as ondas ralas de água doce
que desaguam nos meus olhos de lágrimas...
Bebes o luar nesse baloiço de prata,
que o vento sopra contra a tua corrente
e salpicas-me os lábios assim que atravessa um barco...
Sentada num dos teus braços de terra húmida,
estendo-te os pés descalços
enquanto observo-te o caminho até ao mar...
Não tens o sal marinho que beija o pôr-do-sol,
mas conheces o ventre que te deu vida!
És a língua que sacia montanhas e planícies,
viveiro de mares e oceanos.
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