O corpo só…
Estala-me nas rochas da alma…
Espuma de cristais afiados
na escarpa dorida
e o assobio noturno dos corvos
cercando as presas fugitivas,
roedores famintos
que procuram o abrigo prateado da lua
ou a carícia que voou
e transformou-se em coruja.
Nascem-me asas de vidro,
sem penas, estilhaços apenas…
Arrasto-me pelo solo arenoso,
evitando o destino:
voar é o suicídio.
Sem comentários:
Enviar um comentário