Sentei-me ao teu colo
sem te conhecer o rosto
escondido na penumbra
de um cipreste antigo.
Segurei-te as mãos de cera fria
e uma dor aguda
trespassou-me a pele e a carne…
Esgueirei-me no teu pescoço de pedra
dei-te o meu hálito quente…
… uma palavra caiu-me dos lábios…
Tentei reanimar-te da vigília perene
onde esperas aqueles que partiram
mas é nessa cadeira de marfim,
com os teus longos cabelos brancos
entrançados em lágrimas de perda e desespero,
que vives as tuas memórias.
Circundo-te, salto novamente para o teu regaço,
mas o teu olhar permanece estático…
As pálpebras cristalizaram…
No dia em que se abrirem
é porque chegou a minha vez.
Lindíssimo e sublime. Este poema é digno da Galeria do Olimpo.
ResponderEliminarÉ muito sentido também.
ResponderEliminar