Fonte da imagem: Madame Maga
Vento das serras geladas,
pintadas de branco agreste,
ferves-me no útero de cereja
e provas-lhe o sabor agridoce
com o teu sopro quente de Leste.
Elevas-te na noite fria,
penteando-me os cabelos de luz
que pendem sobre a cidade adormecida
e enfeitas-me com estrelas multicores
e pedaços de nuvens violetas.
Danço sobre os cristais de sal
que me tocam as pontas dos pés
sempre que o mar beija a areia.
E acompanhas-me no teu voo tranquilo,
respirando-me os mamilos ofegantes
e bebendo-me o ventre húmido.
domingo, 8 de novembro de 2009
Vento
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Fúria nas trevas o vento
ResponderEliminarNum grande som de alongar,
Não há no meu pensamento
Senão não poder parar.
Parece que a alma tem
Treva onde sopre a crescer
Uma loucura que vem
De querer compreender.
Raiva nas trevas o vento
Sem se poder libertar.
Estou preso ao meu pensamento
Como o vento preso ao ar.
[Fernando Pessoa]
"O pessimista queixa-se dos ventos, o otimista espera que eles mudem, o realista ajusta as velas"
ResponderEliminar(William George Ward)