O lento despertar de uma
clara luz de Outono
sussurrou-me o líquido
marulhar de um riacho
que despontara das raízes
grossas
de um rochedo velho e
imponente…
A geada beijou-me as
pálpebras semi-abertas,
perfumando-me o rosto com
as tulipas e rosas
que nessa madrugada tinha
pintado de rosa e violeta.
Cada pedaço de nuvem que
me cobre os pés nus
é um tapete ambulante e
voador
que eterniza o sonho já
acordado
e que agora viaja para
outros destinos,
onde as estrelas e a Lua
brilham solitárias
na densa escuridão de um
firmamento desconhecido.
Esgueiro-me numa das cinco
pontas cruzadas,
tão brilhantes quanto um
cristal dourado
e observo a luz refletida
nesse véu cinza
com que me deito todas as
noites!
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