Escrevo e rasgo
cada letra de carne e sangue,
cada sinal que exclama turvo
na densidade do branco,
opaco e difuso,
no olhar molhado
que desliza pelos dedos magros,
onde repouso o rosto cansado…
Cravo as unhas na pele dormente…
Estou viva!
Procuro a luz mas habito a penumbra…
Nesta caverna solitária feita de musgo e granito,
grito bem alto e um eco triste
devolve-me este suplício!
Agarro-te os ramos fortes de carvalho
e subo até ao cimo deste poço…
Reaprendo a voar no dorso do vento
e juntos seguimos viagem
até onde o céu termina e começa o mar.
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