Vivo em bicos de pés
e braços estendidos ao vento…
No olhar um mar de violetas.
A chuva doce
desagua-me nas pálpebras salgadas,
desliza pelo rosto pálido
e perde-se no contorno dos lábios…
Roubo-lhe o sabor
com a ponta da língua
e deixo-me cair…!
À noite, embalas-me
numa meia-lua de rosmaninho e jasmim;
De dia és o carrossel endiabrado
que sobe, desce e gira
até que as cores se esgotem
nesta aguarela de luz e sombras.
Cintilo no teu dorso invisível…
Juntos, desvendamos os mistérios cósmicos,
conquistamos o espaço desconhecido.
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