corrói-me as entranhas em sangue,
os ovários sem pudor,
para te vomitares impune
sobre o chão negro da vulva
a soar em ré menor…
Lua de prata, fel e suor…
Espelho-me nas tuas crateras fundas,
covas fúnebres que me sufocam as veias,
galgam-me a garganta em ferida,
silenciam-me a voz da dor.
Escrevo com a unha roída,
cravasse-me no sabugo
depois de um dia de chuva inteiro
a debitar tinta num papel em branco
sobre ecologia em viveiro
assuntos verdes para executivos
árvores, pessoas ou será dinheiro?