domingo, 2 de maio de 2010

Uivo da Natureza















Fonte: blogue Originais... E não só!

Com os meus braços de fogo,
inflamo a terra moribunda
e os caminhos secos do deserto
que te irrigam o corpo velho.

O azul que te enchia os lagos e os rios
tingiu-se de negro e pó…
São crateras vazias,
buracos onde a tua alma definha.

As águas levantam-se em espuma branca
e sacodem o sal na areia escura,
derrubam as muralhas de cimento
que te aprisionam dentro de uma cintura
de casas e indústria.


O mar uiva junto aos meus pés descalços.
Acaricio-te o rosto poluído,
lembrando-te cristalino e transparente.

Sem comentários:

Enviar um comentário