segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Rio da Lua



Roubo o brilho às estrelas de vidro
que me polvilham a íris salgada
e escuto o sussurro da noite gelada,
junto a um rio estático, denso
de ventre vadio e em chamas,
por onde desliza o traço luminoso
da sedutora e aveludada deusa Lua!

As raízes das macieiras
chupam-lhe os seios em flor,
as folhas beijam-lhe os lábios de licor
e as pétalas perfumam-lhe a pele macia
com aroma a rosas, tulipas e alecrim.

1 comentário:

  1. o cheiro a maçã, numa noite que já é Outono, quando o brilho do rio já não aquece... e ainda assim continua ao seu ritmo!

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